Hoje, um dia
que pensei
fazer diferente,
onde meu olhar
passeava pela rua
em busca de minhas
lembranças,

pensei que o sofrimento
não devia fazer
perder a esperança,
mas sim apronfundá-la.

Não sei porque em mim
isso não acontece.
Quanto maior o sofrimento,
me parece, mais diminui
a esperança.

Ou quem sabe eu seja cega
e não possa ver. Sei lá.
Não queria pensar tanto hoje.
Queria na verdade estar assim,
como num domingo de manhã,
passeando com meu cão pela rua,

despreocupada das fainas da vida,
livre dos problemas,
chinelas nos pés
e um olhar de esperança
no horizonte.