A chuva toca a terra em silêncio,
toca a flor que estremece
com o frio dos dedos da saudade.

E um suspiro ecoa no universo
da janela do tempo,
despertando os sentimentos
que caem um a um
- como o sereno -,
que grita na noite calada.

O fio dourado da esperança
vai embora,
e penetra a perda
na lembrança,
sem que eu saiba
o que mais dizer.

Não encontro palavras
que te possam alcançar,
pois - do outro lado
da janela do tempo-
tão longe de mim estás.

Então me calo,
pois prefiro assim,
dentro de mim,
em silêncio,
te guardar.