Quero a paz da imensidão,
a luz de dois pares
com asas de céu
e estrelas pingentes.
Busco o sorriso mais lindo,
o olhar de felicidade à contemplar
minha face encantada.
Não conheço a terra
dos deuses de Homero,
nem sei onde fica o inferno
de bodas de labaredas
e corrimões dos largados.
Almejo a manhã de sol,
a Rosa do Amor
aflorando o jardim
que reflete luzes
e rabiscos de saudades
da vida separada
por uma porta e parede.
Rosnam saudades
no cantinho
da escrivaninha
enquanto os pés
rodopiam sorrisos
pelos cílios
de nossa janela
do tempo profundo.