Maria
Prosa e Poesia
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Textos

Clichê do Cosmos

Não nego o infinito,

mas sim a infinitude exterior.

Por isso, subverto o clichê do cosmos

como vastidão externa.

E grito: o infinito é interior.

É um gesto de recolhimento místico.

 

Respiro o pensar.

Faço a pausa elipsal...

Dentro, o silêncio não é vazio.

Borbulha. Entra em ebulição.

Tem presença - plena, vibrante.

Retumba com o pulsar das veias.

Explode, expande-se

como o magma quente e derretido...

transborda... Alcança o outro...

Transforma-se: um "dentro"

que toca o "fora" sem negar-se.

 

A dor do pensar é radial.

Por isso, me pergunto.

Por isso, me respondo.

O eco é tanto ressonância como queda...

Despenca cachoeira abaixo -

em certezas e incertezas...

 

Somos o infinito em nós.

Ele me diz: você é, não fora,

mas neste mundo, imanente...

e é feita de contrários:

sombra e luz, forma e essência...

 

Ahhhhhhhhhhhh!!!

 

O grito rompeu o tempo,

gravado em mim - ficou -

mais do que um som, uma presença...

que em seu ecoar pelo espaço,

- Maria eu te amooooo!, gritou..

Maria
Enviado por Maria em 17/07/2025
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