Não há dor mansa.
A dor é dor - rasga tudo...
como pedras que saem dos olhos.
Anestesia os sentidos...
Como o silêncio pesado, carregado -
como o de Rilke - tem cheiro e grito.
Alastra-se. Expande-se.
Aferoalha o medo à solidão da alma,
à força centrífuga do desespero.
E faz-se a ferrugem do pensar,
O desmonte dos sonhos.
O destrambelhamento - dentro e fora.
Cria-se o Caos...
E o encanto silencioso da finitude.
Os passos indo...
Assim, assim: sem medo...
apenas... partindo...