É na palavra que o peso se dissolve num sussurro.
Na cadência ritmada das dores e cansaços da vida - tão sentidos.
Por isso, quero esse eco que caminha junto,
esse choro que se desenha na emoção...
no aforismo lírico da ousadia de Heráclito,
na solidão e na interioridade sagrada de Rilke,
na musicalidade e sensibilidade de Cecília.
É disso que busco: a eterna metamorfose da alma,
seu indizível, seu invisível - que você não vê, mas sente.
No sonho de Orfeu que se perpetua no tempo -
na poesia que vence até a morte que ecoa -
como um sopro, um sussurro de que o universo é cíclico
e a alma navega entre o insano e a (in)lucidez de quem não finge...