Não sei metrificar o coração.
Sei ampliá-lo à luz do impossível
para caber esse universo que nele nasce
e tantas vezes se desfralda
dos penhascos dos olhos
em emoções e vivências
dos sentires profundos.
Não sei metrificar o coração.
Sei desenhá-lo onde o tempo se derrama -
no claustro de dentro,
em altares de flóreos jardins
e ares trêmulos de brisas.
Não sei metrificar o coração.
Sei caminhar, alma em túnica de chama,
na solitária espera pela Vida!