Fui ler os poetas e suas musas...
Há um mistério em cada verbo,
quando a verve flui de dentro.
Fossos de sentires e filosofias próprias,
ecos de uma alma que verte
o que o mundo não ousa dizer.
É assim que somos —
quando o verbo caminha dentro de nós
como estrela que arde
em constelações de silêncio.
Quando a palavra vagueia
do íntimo pensamento à consciência,
quando a alma se debruça sobre o papel
como quem desce um véu do sagrado...
É quando nasce o poema,
e o verbo se faz mistério a decifrar.
Sim... sim...
fui ler os poetas e suas musas...
e encontrei a mim mesma,
entre as páginas que nunca escrevi.