Maria
Prosa e Poesia
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Textos

A Intimidade do Silêncio

Nem sempre a dor encontra resposta.

Torna-se num nó não desfeito,

um questionamento, pausas, quebras...

ou pedras polidas para guardar

o desabafo da alma.

 

É quando ela respira

por meio desse espírito quase arquetípico

do que é o poiein, da gênese do Ser.

É quando o coração abarca

a imensidão simbólica

dessa centelha que dança ao vento,

antecedendo qualquer palavra,

qualquer verso.

 

Minha voz é isso:

esse fragmento solto

de uma alma entregue

ao acaso do mundo.

 

Deito o peito

na relva serenada

de delicadezas -

a dor não tem resposta.

É nó não desfeito,

um questionamento -

haverá um dia? Haverá?

Uma pausa - para a lógica

do não-pensar.

 

Quebras... ou pedras

para guardar o desabafo da alma

que não se dá em um gesto grandioso -

mas na intimidade do silêncio

que acende, agora, em mim...

Maria
Enviado por Maria em 07/06/2025
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