Maria
Prosa e Poesia
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Textos

Dor Viva

A saudade não pede licença para passar,

invade - reverbera o peito de dor,

faz prender a respiração...

 

Tudo é de uma verdade que dói de tão bruta.

Seu fustigar tem cheiro de carne viva,

de madrugada acordada

na loucura da escrita

para elaborar o tempo e o caos...

É minha única forma de continuar respirando...

 

Escrever tem essa força rara de curar o peito...

de suportar o peso do silêncio,

a dor da ausência física...

 

E o poema é alma destilada em palavras,

em seu estado bruto, puro,

sem "transpiração", sem "lapidação"...

um poema honesto, humano,

que não brilha em livros, vitrines,

mas pulsa no subsolo,

no fundo da mina da alma...

 

Que seja poema-espelho

para que você também possa

compreender "a minha/tua escuridão"...

 

Maria
Enviado por Maria em 31/05/2025
Alterado em 31/05/2025
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