Queria te trazer a manhã,
para que teus olhos-sorriso
se perdessem nos meus
em raios de sol.
Queria que tuas noites
dormissem (in)lúcidas de sonhos,
na (in)certeza mansa
de que eu chegaria com o dia,
te acordando com meu riso de amor.
Queria te entregar generosidade —
como é tua alma,
como tuas mãos que oram
pela vida, pela luz, pelo todo.
Queria te acolher em mim
na tua noite,
soprar meu beijo em tua face,
perambular teu corpo
com asas de pássaro,
pássaro de vida...
Queria te visitar no teu dia —
assim, quando não esperavas —
chegar...
simplesmente chegar...
assim, assim... como sou.
Que tu me acolhesses no abraço,
como quem abraça a manhã,
como quem entende, no peito,
que eu sou a tua manhã...