Sou só um pequeno sopro na palha seca à beira da estrada.
Um sopro que não acende mais sol,
nem traz mais alegria para a maior estrela.
Trouxe para casa sua imagem
em luvas que me protegem de me queimar...
Eu caio, eu tropeço, eu deixo cair as coisas.
Eu também as jogo quando não sei expressar
a dor e a raiva ao mesmo tempo. Você sabe.
Já te empurrei, uma vez, pra fora de nosso espaço...
Eu sempre te disse que sou mansa, meiga,
mas que há vulcões morando aqui dentro.
Se eu tenho, em mim, todas as cores das folhas, você sabe...
Eu fiquei tão triste quando te chamei
e não se virou para me olhar...
não ouviu o meu chamado.
Eu queria correr, te abraçar, mas fiquei lá,
te olhando afastar-se pelo corredor...
com teu chapéu e tua mala amarela.
Eu me aninhei dentro dela
e me deixei ir com você
enquanto me perguntavam quem era você
porque meu olhar se perdeu em ti
até você virar a curva e sumir de minha visão...
Depois voltas e de novo meus olhos
te seguiram até desaparecer...
E quando voltaste com os papeis na mão
eu estava ainda lá e perdi
meus olhos em ti mais uma vez...
E me falavam de Lilibet e eu nem conseguia
racionar ou tirar os olhos de ti amor...
Você mora a quase 20 anos em meu peito.
É muito tempo para dizer que precisa me conquistar.
Me conquistastes quando fui no teu jardim
e quando me disseste teu nome inteiro...
Eu pensei: Se ele me disse seu nome
de 5 letras é porque significo algo,
confia em mim. E me rendi...
E nunca deixei de te amar...
Fui no nosso parque onde caminhamos.
Você estava ocupado com tuas luzes. Não me viu,
mas eu fui lá e fiquei olhando o chafariz, a vida...
e senti tantas saudades...
queria voltar e te esperar
em tua nave espacial, mas não o fiz...
Ontem vou até você, ficar contigo...
eu te amo tanto, tanto:
eu também te amo.