Também tento ser guerreira
nos dias de névoa,
vestir o tempo,
falar a língua do povo,
agir como feliz.
As coisas aladas
e felizes que nos fazem
ouvir e calar
são as mais tocantes
e calam fundo
na alma da gente.
Quase sempre não alcançamos
as metas, mas tentamos.
Na resma da vida somos
príncipes de nós mesmos.
Faço em mim teus revoos
e na noite busco inícios sem fim,
num canto que nos faz dançar
a Marcha do Imperador,
no compasso da melodia
de nossas vidas,
num tapete de nuvens,
num jardim de flores,
entre folhas e águas,
na ternura de dois guerreiros
que lutam juntos a batalha
que faz as suas procuras
neste imenso baile
de duas asas de vida,
no rodopiar de nossos
caleidoscópios de luzes...