Agora podemos deslizar as asas
por sobre o pó das estrelas,
cozendo nossos solos às Líridas
que de tempos em tempos
atravessam a retina
de nossa cotidiana noite...
Ao pé de nossos abismos
nasceram oceanos e horizontes
e o incomensurável de luz
que nos navega
também nos enche
de belezas e méritos interiores.
E, assim seguimos
em nossa eternidade,
vestindo colares
de estrelas no pescoço
e sandálias de areias
macias e quentes
para nossas
marés de sonhos...