Não há como prever,
no cotidiano do dia,
as horas de estar
ou não estar junto.
Vivemos de procuras.
Somos mãos de procuras
que se enroscam
nas páginas da vida
sempre a procura
de um canto que nos aqueça,
que nos acalente
e nos faça sentir amados.
Se podemos nos construir
em alvenaria de amor,
o façamos.
Mas que possamos utilizar
pedras de nome e que,
entre as jaças que encontrarmos,
não nos decepcionemos
porque todos carregamos
marcas e dores de um passado
que não há como perder.
Arrastamos nossas asas
rastejando ou voando,
entre pulos pra morte ou pra vida.
Para voar, de fato, precisamos,
pelo menos tentar.
Eu iria até essa página em branco
e escreveria minha história com ela.
Se ela é a Norte de tua vida,
fugas não há.
Só encontros e chegadas.
E é isso que estais a buscar.
Seja alvenaria de amor.
Cimenteie tua vida com a dela.
Construa um castelo nas nuvens
ou uma casinha de pau-a-pique
na montanha mais distante do mundo,
mas faça de teu sonho tornar-se real.
Uma página em branco
pede uma nova história
e uma nova história somos nós
que podemos escrever.
Escreva!
Eu escrevo!
Eu também escrevo!
Continue a dançar
com as palavras
meu querido José!