Ela canta, na voz
de mulher sofrida
pela vida...
como um uivo do vento,
como cítara
que chora
em uníssono
aos dedos de piano...
Ela chora....
e nasce na lágrima
o Poema das Águas
num céu almagamado
de claros e escuros...
Ela caminha...
Um caminhar decidido
pelas linhas do poema
construído na fome
de ser poesia...
e saber-se ser...