Não tenho a leveza na voz, a carícia no toque.
As mãos doem de tanto dedilhar centúrias
neste início de entardecer.
Não sei explicar se as pedras crescem ou não,
até me assombro com a imensidão de seu cume.
Mas, eu sei que ao redor tudo se transforma.
Uma montanha crescer deve fazer parte
dos planos do universo. De um lado é bom,
de outro, atingir o cume exige um esforço maior.
Mas é possível... se tiver caminhos e o topo
não estiver escondido sob a névoa...
Precisa visão pra subir mais alto...