Não sei dos mistérios da ausência
que paira na sonoridade
subterrânea e profunda de um coração
adormecido de palavras...
São como gargalhadas mudas do vento
que agitam os cílios em cascatas profusas e livres.
Aparo as últimas arestas do tempo
com a alma encravada de sentimentos.
Uma tristeza beira o portal deste silêncio.
O poeta visita areias e desertos
e cria águas indefesas de solidão e saudades...