Sei que falo pouco,
mesmo os temporais
dentro da boca.
É que ando em sintonia
com lembranças de longa data...
Coleções de cartas antigas
e guardanapos de papel...
Os olhos caem sobre
os almanaques da vida
que carregam - perdulários –
as digitais de meus sorrisos,
mas também de minhas lágrimas...
Pensativa, me embrenho no poema
que se veste em cachemira
desenhada por tuas mãos de cinzel.