Pedra e Espinho
Dança a flor ao sabor do vento,
suas pétalas soltas no ar,
presa à terra em suas raízes,
e num cipó,
seus ramos a amarrar.
A flor dourada
de faces rubras,
asas aladas,
espera quietinha,
em seu jardim
a luz do dia.
As horas passam tão lentamente,
nem mais as conta
já faz muito tempo,
hoje são diferentes,
não sabe por que,
mas já foram todas
iguais as do vento.
Segue a flor por seus caminhos,
andar de mãos dadas,
sentimento sozinho,
descoberta doida,
da vida que fez,
a flor dourada,
também tem espinhos,
assim como o sol,
tornou-se empedernido.
Maria
Enviado por Maria em 21/06/2007