Poema de Desamparo
Perambulam olhos na penumbra
das imaculadas manhãs...
Acordam ainda madrugada...
Buscam o som de vísceras
ao bater do pêndulo da vida.
É um caos a visão de dentro.
Palheiros onde se escondem
olhos vermelhos, lábios e...
mãos entorpecidas.
A dor que anestesia os sentidos,
aniquila seus reféns
e deixa rastros num
poema de desamparo...
Nas janelas verdes da alma
o som do silêncio...
Melodia triste e dolorida
do rouxinol expulso -
perto, bem perto - da gaiola.
Maria
Enviado por Maria em 24/02/2015
Alterado em 25/02/2015