Corte da Navalha
Não sei se existe um lugar
que acalme o coração em meio à solidão.
Se houvesse também estaria lá,
mesmo que desprendida do restante do corpo.
“Dilacerando-me” nas letras do poema
é que me encontro.
Me vejo e sinto como se
fosse eu mesma a me falar.
Não há um sentimento mal sentido...
Há... de um lado...
a grandeza de reconhecer os sentimentos,
e de outro...
a dor de joga-los no esquecimento.
É o que o poeta diz...
Como se isso fosse possível –
esquecer a dor dilacerante…
Ela anestesia os sentidos,
mas é vivo o corte de sua navalha…
Maria
Enviado por Maria em 29/01/2015