Voo de Abismos
São as sombras da noite
que torturam a alma.
Na escuridão, os medos
acordam-se em guerras interiores...
E ferem os dedos do peito
em reflexões de precipícios...
De alguma maneira
estou sozinha com a imensidão
que se agiganta dentro d`alma.
Um nó curva a garganta em direção
ao monastério de silêncios.
Quando me falo,
me acuso.
Por isso,
me agasto e me calo.
Pra que lembrar agruras
quando a alma é pequena
para o voo de abismos?
Eles não nascem num peito
amalgamado de liberdade.
Maria
Enviado por Maria em 07/08/2014