Flor Andeja
andeja silente a flor -
de face em face -
feito colibri.
pousa no branco vestido.
fica a marca admirada
e demorada do olhar.
como asas de borboleta
no alvo lençol da vida...
rabisca ali
sua mudez.
falar o quê diante
de tanta beleza?
os lábios cheios,
aprenderam calar.
quanto tempo
de aprendizado.
sete milhões de anos
e a vida continua
debaixo do sol.
que nem mais lembra
o melro que um dia
pousou em seu jardim
dos encantados...
“qual colibri assustado,
fugindo às garras
de um gato no telhado”.
Maria
Enviado por Maria em 04/03/2012